O Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) mais que quintuplicou o atendimento na área da Neurologia. No primeiro semestre deste ano foram 1.026 consultas. Em 2021, o ambulatório havia totalizado 190. Com demanda reprimida, o Consórcio conseguiu aumentar o número de profissionais na área e dar vazão à especialidade. “Hoje contamos com cinco profissionais que realizam atendimento”, conta a diretora, Pâmella Costa.Conforme o médico neurologista Giuliano Retzlaff, os serviços de média e alta complexidade nos hospitais e centros de especialidades que atendem via Sistema Único de Saúde (SUS) estão lotados e com uma fila de espera por exames e consultas muito longa. “O Consórcio auxilia grandemente para aumentar a oportunidade de atendimento à população, principalmente a mais vulnerável e carente”, avalia, destacando que, devido às filas, muitas vezes, o paciente chega tarde demais para receber o tratamento adequado ou para proporcionar a prevenção de fatores de risco específicos. “Com o atendimento especializado do CimSaúde, podemos realizar o manejo mais correto de determinadas doenças”, completa.De acordo com o neurologista Roberto Grassi, a população dos Campos Gerais tem uma carência muito grande de médicos especialistas como um todo. “Está cada vez mais difícil conseguir consultas nas diversas especialidades da medicina. O Consórcio vem para amparar os pacientes carentes que necessitam de um atendimento direcionado”, considera. A importância do atendimento em Rede também foi destacado por Grassi. “Muitos desses pacientes estão há anos esperando por uma consulta, e sofrem de doenças que não são corriqueiras do médico da Atenção Primária. O CimSaúde então auxilia no diagnóstico das doenças, que, posteriormente, poderão ser acompanhadas de forma concomitante com o médico na Unidade Básica”, comenta.Além de contar com a neurologia como referência, o Consórcio de Saúde conta com diversas equipes multiprofissionais para atender seus pacientes. “Uma grande quantidade de especialistas também favorece o processo de resolver mais de uma queixa ou problema do paciente em um mesmo local”, destaca Retzlaff.DoençasNa área da Neurologia, existem diversas doenças que necessitam de atenção especial, que a formação dos profissionais da atenção básica não consegue suprir. “Como exemplos podemos citar doenças como epilepsia, Parkinson, ou Alzheimer”, cita Retzlaff. Para o neurologista, é importantíssimo que os pacientes mantenham o atendimento, bem como o seguimento, regular nas Unidades Básicas de Saúde. “Além disso, eles devem assumir responsabilidade sobre o tratamento, fazendo os exames periódicos, para que nas consultas especializadas possamos priorizar os principais problemas do paciente, sabendo que a saúde geral e cuidado já estão sendo feitos de forma satisfatória na Atenção Primária à Saúde”, finaliza.
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