Novas especialidades poderão ser contempladas para atendimento da população regional por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde). Equipes municipais da 3ª e 21ª Regionais de Saúde participaram na tarde desta quinta-feira de reunião online sobre o Plano Regional Integrado (PRI), que contempla o Programa de Qualificação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde do Estado (Qualicis). “Serão disponibilizadas consultas e exames além das Linhas de Cuidado que o Programa já prevê”, esclarece a diretora do CimSaúde, Pâmella Costa.
Ao todo serão 1.400 consultas e exames que poderão ser utilizadas pelos municípios. Sendo 1.200 ao mês para os 12 municípios da 3ª Regional de Saúde, e 200 para os sete que compõem a 21ª. “O número foi dividido conforme a população de cada regional. A 21ª está na faixa que envolve um número menor do que 200 mil habitantes, e a 3ª, maior que 600 mil”, aponta a diretora, contabilizando 180 mil habitantes na primeira, e 637 mil na segunda.
O Plano Regional Integrado contou com a participação dos municípios para ser apresentado. Primeiro envolveu as prioridades de cada um deles e depois suas respectivas regionais. “Foi realizado um diagnóstico da região de saúde, onde cada município apresentou suas demandas e quais prioridades na atenção ambulatorial especializada”, esclarece Pâmella.
A 3ª Regional de Saúde poderá utilizar o Consórcio para agendar consultas e exames nas especialidades de Gastroenterologia, Pneumologia, Neurologia Pediátrica e Reumatologia. Já a 21ª, Neurologia, Oftalmologia, Reumatologia, Pneumologia, Urologia, Dermatologia, Neuropediatria, Endocrinologia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Gastroenterologia, Hematologia, Cardiologia, Psiquiatria e Nefrologia.
Conforme a diretora do CimSaúde, ao utilizar todos os recursos disponíveis pelo Consórcio por meio do Qualicis, as Prefeituras Municipais conseguem economizar com recursos próprios na área da saúde. “Vamos potencializar a utilização dos recursos provenientes do Estado, e desonerar os cofres públicos”, prevê. “Desta maneira, os municípios podem ainda destinar os recursos próprios para atendimento de outras demandas não elencadas no PRI”, completa. Além da economicidade, o PRI prevê diminuição da fila dos pacientes eletivos nos municípios.
FPO
Outro recurso que o CimSaúde pretende utilizar para desonerar os cofres públicos é o referente à Ficha de Programação Orçamentária (FPO). Este valor é repassado pelo Governo Federal e pode ser utilizado para a realização de exames junto ao Consórcio. “Vamos ter um novo contrato, e com um rol maior de exames, já que vamos incluir os de alta complexidade”, adianta Pâmella. Este ano o valor mensal repassado será de R$ 237 mil. “Temos que ampliar a utilização. Este recurso, quando não é utilizado, deve ser devolvido”, conta a diretora.
Conforme Pâmella, ao utilizar os recursos disponíveis em sua integralidade, Consórcio e municípios podem gerar uma série histórica para apresentar ao Governo do Estado. “Assim unimos esforços e poderemos solicitar um aporte maior de custeio para as duas regiões de saúde”, finaliza.
