A Saúde Mental foi tema de reunião entre Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) e equipe do município de Ivaí na última semana. A Linha de Cuidado foi recentemente implantada nos municípios da 3ª Regional e está sendo ‘adequada’ para melhor atendimento aos pacientes. “É um programa novo. Tanto o Consórcio, quanto os municípios estão em fase de aprendizagem”, explica a diretora do CimSaúde, Pâmella Costa, citando o Programa de Qualificação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde do Estado (Qualicis).
Equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e equipe multiprofissional da Linha de Cuidado da Saúde Mental do Consórcio foram ouvidas. “A Saúde Mental é uma linha que merece cuidado redobrado. Há casos em que não há como aguardar os atendimentos agendados”, esclarece o médico psiquiatra, Eduardo Maciel. Além dele, a Linha conta com terapeuta ocupacional, assistente social e psicólogo.
Conforme o especialista, atenção primária e secundária devem formar uma rede para que possam “abraçar a vulnerabilidade” dos pacientes. “Temos que melhorar ao máximo a qualidade de vida dos pacientes. A depressão, além de adoecer o paciente, adoece todo o núcleo familiar”, conta.
Para isso, além de encaminhar para a atenção secundária, os municípios devem continuar com acompanhamento mais frequente nas Unidades Básicas. “No Ambulatório do Consórcio é realizado o Plano de Cuidados, que depois deve ser seguido na Atenção Primária, é um compartilhamento. Por isso, deve ser continuado nos municípios”, avalia.
Conforme a diretora do CimSaúde, para que estes cuidados sejam frequentes, os municípios devem mapear e compartilhar todas as estruturas utilizadas nos municípios para auxiliar os pacientes. “A presença ou não de psicólogos, e de Centros de Atenção Psicossocial (Caps), por exemplo, são fatores que podem ser determinantes”, fala, citando o “melhor caminho para o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Conforme a secretária de Saúde de Ivaí, Nicoli Crocoli, para melhor utilização da Linha de Cuidado, o município vem tentando estabelecer uma “rede municipal de Saúde Mental”. “Há uma necessidade de organização interna nos municípios para utilizar o Qualicis”, esclarece.
A “proximidade” do município e do Consórcio facilita ainda no próprio tratamento dos pacientes. Conforme o Psiquiatra, a questão dos medicamentos prescritos, por exemplo, não pode fugir do que a Prefeitura disponibiliza.
Além do trabalho em Rede, as equipes destacaram ainda a importância do matriciamento dos pacientes, que acontece após o encaminhamento ao ambulatório. “O matriciamento nada mais é que a supervisão e educação dos pacientes. Melhoramos o atendimento à população e reciclamos o conhecimento das equipes de saúde responsáveis pelos atendimentos”, esclarece Pâmella. “É um programa riquíssimo”, finaliza.
As ações de matriciamento permitem ainda que as equipes da Atenção Primária e Secundária promovam reuniões periódicas para discussão de casos clínicos específicos de cada unidade.
Recesso Final de Ano 23 a 31 de dezembro de 2024
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