Publicado em: 24/08/2018 17:24 | Fonte/Agência: CIMSAÚDE | Autor: CIMSAÚDE
O Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Campos Gerais (CimSaúde) em parceria com a 3ª Regional realizou na manhã desta sexta-feira uma capacitação para o atendimento do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (Rede MACC). Estiveram presentes as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios atendidos, além de profissionais da Atenção Primária (APS) e Secundária de Saúde. “O trabalho das Redes é realizado pelos Consórcios, pois integra à Atenção Secundária, mas quem encaminha os pacientes é a Atenção Primária, ou seja, a equipe das UBS’s e APS”, explica a diretora executiva do CimSaúde, Pâmella Costa, justificando a importância de se capacitar estes profissionais, e fazer um trabalho em que as esferas da saúde atuem com um único objetivo. “Todos precisam estar aliançados no mesmo propósito, melhorando a comunicação e as orientações para que os pacientes possam receber uma atenção qualificada, de forma eficiente e eficaz”, avalia.
Para a capacitação esteve presente o médico cardiologista, responsável pelas Linhas de Cuidado de Hipertensão Arterial e Diabete Melito do Departamento de Atenções Crônicas do Estado, André Ribeiro Langowiski. Além de falar da importância do encaminhamento correto dos pacientes, ele trouxe informações a respeito de mudanças propostas na Rede MACC. “A capacitação nos permitiu conhecimento mais criterioso sobre os papéis dos pontos de atenção das Redes nas condições de saúde”, contou Pâmela.
Para o profissional, o encaminhamento correto de pacientes com doenças crônicas para as Redes de Atenção à Saúde é fundamental. “A mortalidade devido a doenças cardiovasculares até 2040 terá no Brasil os maiores índices”, antecipou, lembrando que isso se deve a fatores de risco, entre eles a Hipertensão e o Diabetes, além do Colesterol alto, do Tabagismo, da falta de atividades físicas, de dieta inadequada e obesidade.
O cardiologista apontou que no Brasil haverá um crescimento de 240% no número de mortes precoces relacionadas a doenças cardiovasculares. Logo após aparece a China com um aumento de 210%, nos EUA este número será 70% maior. Para Langowiski, estes índices seriam um pouco menos alarmantes se alguns cuidados básicos, assim como o acompanhamento, fossem adotados. “É isto que o trabalho em Rede prevê: um plano de cuidados para esses pacientes. Saímos do modelo de assistência prescritiva para o cuidado participativo”, adianta, lembrando da equipe multiprofissional presente na atenção secundária, com acompanhamento de cardiologista, nefrologista, endocrinologista, angiologista, além de outros profissionais da saúde, como nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. Para ele, o paciente com fatores de risco modificáveis devido às doenças crônicas devem ser encaminhados à Rede MACC.
Nos Campos Gerais isso vem ocorrendo. O CimSaúde conta com a Rede MACC desde o início de 2017, e atende semanalmente pacientes dos municípios de Palmeira, Castro, São João do Triunfo, Jaguariaíva, Sengés e Ponta Grossa. Mas este atendimento, conforme a diretora do CimSaúde, pode aumentar em caso de estruturação dos demais municípios. “Primeiramente a Atenção Primária de Saúde deve realizar a estratificação dos pacientes com Condições Crônicas”, explica, lembrando ainda que, além disso, a ampliação do atendimento depende ainda do aumento do espaço físico do Consórcio.
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